A reforma da Previdência será prioridade no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro
Os trabalhadores podem pôr as barbas de molho. A reforma da Previdência será prioridade no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. O economista Paulo Guedes, indicado para ser o futuro ministro da Fazenda, já adiantou que o foco do programa do governo será “controlar os gastos”, o que inclui a reforma da Previdência, acelerar privatizações e reduzir o tamanho da máquina pública.
“Primeiro grande item é a Previdência. Precisamos de uma reforma da Previdência”, disse Guedes. “O segundo grande item do controle de gastos públicos, a despesa de juros. Vamos acelerar as privatizações, porque não é razoável o Brasil gastar 100 milhões de dólares por ano em juros da dívida. O terceiro é uma reforma do Estado, são os gastos com a máquina pública. Nós vamos ter que reduzir privilégios e desperdícios. Então esse é o foco do programa econômico”, disse Guedes.
O futuro ministro afirmou que vai haver uma “abertura gradual” da economia e um “ataque ao déficit fiscal”. Ele disse também que o novo governo vai tomar medidas de reaquecimento econômico. “Nós vamos simplificar e reduzir impostos, nós vamos eliminar encargos e impostos trabalhistas sobre a folha de pagamentos para gerar em dois, três anos 10 milhões de empregos novos. Nós vamos regulamentar corretamente, fazer os marcos regulatórios na área de infraestrutura, porque o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura. O custo-Brasil é alto por falta de segurança jurídica, de marco regulatório adequado”.
A priorização da reforma da Previdência foi defendida também pelo futuro chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni. Segundo ele, é preciso aprovar uma reforma da Previdência “de uma vez”, sem tentar fatiá-la em projetos menores, nem aproveitar a proposta apresentada pelo governo Temer.
A ideia é apresentar uma proposta que separe a Previdência de outros itens da assistência social. “O atual governo propôs apenas um remendo, tem de ser de longo prazo. Temos de separar Previdência da assistência social, isso é unanimidade, proposta para consertar Previdência e sustentar a poupança interna.”